terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Boxing Days

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Em Inglaterra não se vai em mariquices e há jogos de futebol no dia de 26 de Dezembro, um dia que também é feriado Aliás, é uma jornada que contribui, sem dúvida para o sucesso da Premier League.
Nestes dias de festas tenho por hábito treinar mesmo na véspera e dia de Natal. Este foi o meu programa deste ano:

23/12 - 1h00m Natação (1,7km)
24/12 - 40m Natação (1,2 km) + 50m corrida
25/12 - 55m corrida
26/12 - 30m corrida
27/12 - São Silvestre do Porto

Total: 4h50m

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

16ª São Silvestre do Porto




A São Silvestre do Porto deste ano foi uma prova para esquecer. É certo que apenas participei nesta prova para treinar, mas existia a possibilidade de bater o meu recorde (46:42 em 2004) e foi com esse semi-objectivo que parti para a prova. Por outro lado sempre adorei esta prova, correr à noite é, para mim, sempre um prazer.

Como o tempo não estava grande coisa, apenas saí de casa por volta das 17h. Meia hora para ir nas calmas e estacionar, meia hora para ir buscar o dorsal e pô-lo na camisola e meia hora para aquecer, parecia-me minimamente aceitável. Não fui antes porque não fazia sentido, pelo menos para mim, ficar muito tempo ao frio e à chuva parado, até porque já tive como recordações desta prova valentes constipações. Aliás, esta metodologia das 3 meias horas veio sendo utilizada por mim nos últimos anos sem qualquer problema.

Tudo corria bem até chegar ao gabinete do munícipe às 17h36 (tive preocupação em olhar para o relógio nessa hora) onde vi que se formava uma pequena multidão em fúria e um segurança que não deixava entrar ninguém. Ninguém mais podia levantar os dorsais e ninguém mais levantou. De facto, estava escrito numa folha A4 à entrada do gabinete que a entrega de dorsais fechava às 17h30. Também estava isso escrito na página da internet e nas folhas de inscrição da sportzone.

Em primeiro lugar, o facto de eu não ter podido levantar o dorsal é minha culpa e já aprendi que para a próxima devo ter mais cuidado com estas coisas. Permitam-me, no entanto, fazer algumas críticas à forma como isto se processou:

1. Como se pode constatar , pelo menos em 2007 (este foi o único ano em que consegui o arquivo das páginas da prova) podia-se levantar os dorsais até 30 minutos antes do início da prova, por isso é normal que muita gente que já foi à prova noutros anos nem sequer olhasse para as horas de entrega dos dorsais. Criou-se uma rotina e seguiu-se essa rotina.

2. A irredutibilidade da organização não me pareceu a mais adequada. Pôr um segurança a impedir a entrada de atletas que apenas estavam 5 minutos depois da hora e quando ainda havia outros atletas a sair com dorsais não me parece muito simpático. Ainda para mais porque vi pessoas de longe (um grupo de atletas de Viseu, por exemplo) que já tinham pago a inscrição, tal como eu e que fizeram a viagem para nada.

3. Numa altura em que a tecnologia permite ter chips nos dorsais e que funciona tudo tão bem, não percebo porque fecham a entrega destes tão cedo. Estar, no mínimo, uma hora à chuva e ao frio antes de começar a prova não faz qualquer sentido. Muito menos faz sentido antecipar a hora de fecho de uns anos para os outros. Se antes se podia levantar até às 18h, porque mudaram para as 17h30 e se mantiveram irredutíveis para quem chegou às 17h35? E já que fecham mais cedo porque não permitem levantar no dia anterior?

Na altura disseram-nos para correr na mesma, que ninguém nos impedia. Cheguei a pensar ir embora, mas como já tinha planeado um treino deixei-me ficar. Pensei também em depois ir a Santo Tirso ou a Ermesinde e bater lá o recorde (hipótese que continua de pé), mas também pensei em deixar de ir a provas de atletismo e dedicar-me apenas ao triatlo. Não sei, vou pensar um pouco mais e depois decido-me. Certo é que mudei a minha opinião sobre a organização desta prova.

Fiz o meu aquecimento, onde encontrei o Mark Velhote e partilhamos alguns minutos de conversa mas, e como não tinha dorsal, não permitiram a minha entrada na corrida. Teria que aguardar pela partida e depois deixavam-me passar as barreiras. Por fim, às 18h29, com a mesma multidão que estava junto ao Gabinete do Munícipe, lá nos deixaram entrar para o final do pelotão e começar a corrida junto às pessoas que iriam fazer a caminhada.

Demorei 1m11s a chegar à partida e só em Sá da Bandeira consegui atingir a velocidade cruzeiro. Foram alguns minutos perdidos e tive que puxar muito por mim para atingir a marca que eu queria.

Por um lado, partir em último e ultrapassar centenas de corredores dava alguma moral, mas o esforço elevado da primeira volta transformou-se em algum cansaço na segunda volta. Acabei em 48m00s, o que, caso tivesse dorsal dar-me-ia o 709º lugar em 1869 participantes.

Posso não ter batido o recorde, mas ultrapassei mais de 1000 atletas, o que não é mau de todo. Consegui tirar 8 minutos ao tempo do ano passado e mais de 5 minutos ao tempo de há dois anos, mas soube a pouco. Em condições normais teria feito um tempo na ordem dos 45 minutos e fiquei sem esse recorde.

Já agora, em 2004 estávamos com obras nos Aliados, alguém sabe se o percurso era mais curto? O meu tempo nesse ano ainda é um mistério.

sábado, 26 de dezembro de 2009

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Planeamento de Treinos

Em princípio, dividirei a minha época de 2010 em 3 fases distintas. Uma primeira com o máximo de forma em Abril, uma segundo com o máximo em Julho/Agosto e uma terceira com o pico em Outubro/Novembro.
A preparação do primeiro pico de forma já começou. 3 semanas de catarse e depois 5 mesociclos de 4 semanas Já me encontro no primeiro mesociclo mas sobre isso falarei mais tarde. Estou a apontar para o Duatlo de Matosinhos e para o TriStar Lisboa como objectivos para esta fase, e como preparação/competição devo participar nalgumas provas onde ainda não osso confirmar a minha presença (a vermelho claro). Para já, começo com a S. Silvestre do Porto, a primeira prova da época, que vai ser apenas um treinito (nada de forçar muito.
Quanto aos mesociclos a ideia é simples. Começar com 4h e ir aumentando 10% a cada semana. A cad 4 semanas, uma redução de 40%. O resultado é este (clicar para aumentar).

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Natação

Piscina

Este é o meu novo lugar de treinos, a piscina da FADEUP. Esta semana decidi fazer o mesmo ao meu jeito para a Natação que fiz ao meu peso. A partir de agora estarei, pelo menos, 3 vezes por semana nesta piscina a treinar com orientação especializada. Vamos ver se resulta ou se não tenho mesmo remédio.
Para já, em 2 dias quase 3.000m, e quase 1.000 só a bater com as pernas (nada de braços). Ufffff...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Objectivos 2010

Esta foi a terceira semana de 2010. Sim, ainda estamos em 2009, mas este ano decidi acabar a minha época na Meia Maratona do Porto fazendo de seguida 4 semanas de pausa desportiva. A partiri daí foi treinar pensando no novo ano. E para o novo ano, novos objectivos. Juntei-os em três grupos por níveis de dificuldade (fácil, médio e difícil) e estão distribuídos por toda a época. Comecemos então a enumerá-los.

Difíceis
Fazer um triatlo longo
Fazer uma Maratona
Bater o meu recorde de Triatlo Sprint
Ficar na primeira metade da tabela numa prova de triatlo/duatlo

Médios
Bater o meu recorde de Meia Maratona
Bater o meu recorde de Triatlo Sprint
Fazer um triatlo olímpico

Fáceis
Melhorar tempos em 3 dos 5 triatlos/duatlos que participei o ano passado (Matosinhos, Póvoa, Penacova, Raiva e Coimbra)
Bater os meus recordes nas subidas à Serra da estrela, Senhora da Graça e Sra. da Assunção

Vamos lá ver o que vai sair deste ano, atingir maioria destes objectivos será já muito bom. A primeira prova será a S. Silvestre do Porto, que será apenas um treino mais forte (daí que não a tenha incluído nos objectivos). Se tudo correr bem, ainda poderei adicionar alguns objectivos ao longo do ano.


sábado, 21 de novembro de 2009

Uma questão de peso

Este ano foi um ano atípico em termos de peso. Comecei-o muito pesado porque no ano passado estive mergulhado na tese de mestrado, com pouco tempo para treinar e muito para comer. Acabei por atingir o valor mais alto de sempre, uns gramas acima dos 90 kg.
Em Maio, quando realizei o meu primeiro Triatlo pesava mais ou menos isso, e este era o meu ar, antes de saltar para a piscina da Póvoa.


Na altura o resultado nem foi muito mau, até porque já tinha treinado alguma coisa por essa altura (a tese foi defendida em Fevereiro). O pior foi o que veio mais tarde.
Quando participei no Triatlo de Penacova já pesava menos 2 ou 3 kg (anda pelos 87/88 kg) mas foi a prova que me fez mudar de ideias. Ou sofria assim tanto sempre que fazia um triatlo ou teria mesmo que emagrecer.


E decidi emagrecer fazendo uma coisa muito simples. Comer só sopa ao jantar e deixar de comer porcarias sem necessidade. Obviamente, quando tinha jantares com amigos não comia só uma sopinha, foi apenas em casa e à semana, nada de rigores excessivos.
E foi assim que tudo mudou. Com o aumento e o planeamento de treino em Agosto e esta semi-dieta, cheguei a Raiva, 15 dias depois já com menos 3kg (84/85 kg). E os resultados e a imagem já eram bem diferentes.



Nos restantes meses continuei a dieta e os treinos seguiram como no post anterior. A balança ia-me dando moral e passar a barreira dos 80 kg foi um marco importante. No Triatlo de Coimbra já estava nos 77 kg e, uma vez mais, os tempos subiam exponencialmente.


Como podem ver na direita, hoje estou nos 75,1 kg, algo que não acontecia desde os meus 17 anos. É como se deixasse de carregar às costas 3 garrafões de água e as diferenças nos tempos fazem-se sentir. Posso até nem estar em forma, mas acabo por correr mais.
Curiosamente (e não foi de propósito), já não como uma francesinha desde o início desta redução de peso. Hoje vou comer uma e não vou ter medo nenhum.
Mas ainda não é um objectivo cumprido. Agora quero estabilizar o peso nos 70 kg e ter uma nova época repleta de recordes.

P.S.: Não, não me drunfei.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Treinos Agosto - Outubro

Entre o início de férias na primeira semana de Agosto e a Meia-Maratona do Porto passaram-se 11 semanas de treino intensivo. Tinha feito o Triatlo de Penacova e percebido a necessidade de melhorar. O objectivo para Agosto era fazer 4 semanas de treino: As primeiras 3 com um aumento de intensidade e a quarta de redução. Entre a terceira e quarta estava o ponto alto do mês (subida à Torre).
Em Setembro tinha uma viagem a Londres (de quinta-feira da 2ª semana a terça-feira da 3ª semana), pelo que não seria possível fazer um mesociclo semelhante. Optei por fazer 2 semanas com uma terceira de descanso. Nas restantes 4 semanas até à Meia Maratona o objectivo era fazer o mesmo que em Agosto mas acabei por não conseguir.
Enquanto que quando se está de férias e com treinos entre as 8-10h é fácil disciplinar e cumprir o próprio programa, em dias de trabalho, com cargas de treino superiores, piores condições atmosféricas, dias mais curtos, 2 jogos de futsal por semana e um Triatlo pelo meio (que era mais importante que a Meia Maratona em termos pessoais) os objectivos não foram cumpridos.
Fiz uma semana de intensidade e duração de treino muito elevada logo após Londres (10h30 entre quarta e domingo) e no início da semana seguinte senti-me cansado e com necessidade de abrandar um pouco para estar a 100% no Triatlo. Na semana seguinte voltei a reduzir para recuperar entre Triatlo e Meia Maratona e por fim, na 11ª semana voltei a aumentar um pouco fazendo cerca de 9h30 (no qual se inclui a Meia Maratona. No gráfico seguinte apresenta-se a evolução das semanas de treino.



Passando agora para uma análise semana a semana, devo dizer que em Agosto todos os treinos foram feitos com Monitor de Frequência Cardíaca (MFC) permitindo assim uma análise mais detalhada. Em Setembro com os jogos de futsal já não consegui controlar tão bem o número de horas pelas diferentes zonas. Vamos então analisar as primeiras cinco semanas.

1ª Semana

A primeira semana incluía, desde logo o Triatlo de Raiva. Deste modo, a maior parte do treino foi feito entre as 70% e as 80% da frequência cardíaca máxima. A única excepção foram dois treinos intervalados (um de corrida e um de spinning) e a prova em si. Acabei por estar quase tanto entre os 80% e os 90% do que entre os 70% e os 80%.


2ª Semana

Na segunda semana não tive nenhuma prova e apenas subi a Assunção em bicicleta por isso foi a semana mais certinha. Voltei a fazer 2 treinos intervalados e a grande maioria do tempo foi passada entre os 70% e os 80%. A necessidade de emagrecer era óbvio (sobre isso vou falar brevemente).

3ª Semana

A terceira semana incluiu uma subida à Sra. da Graça e nenhum treino intervalado. Aliás, os únicos momentos que ultrapassei os 80% foi nessa subida, onde acabei por bater o meu recorde pessoas.


4ª Semana

A 4ª semana era de redução das cargas e recuperação. No entanto, acabou por ser nesta a Subida à Torre (logo na 2ª feira). Isto explica os altos valores entre os 80% e os 90%. Não houve, uma vez mais nenhum treino intervalado.


5ª Semana


A 5ª semana já foi te trabalho, mas tal como na semana seguinte consegui cumprir à risca o planeamento. Voltei a fazer um treino intervalado e continuei a apontar na maior parte dos treinos para os 70% e os 80% para continuar a perder uns quilitos.



Esta foi a análise possível a algumas das semanas mais intensas de treino que tive. Foi um período em que tentei ser o mais disciplinado possível e os resultados apareceram. Bati todos os recordes pessoais que podia bater (Sra. da Assunção, Sra. da Graça, Torre, Triatlo Sprint e Meia Maratona) e senti-me no final no auge da forma. Consegui baixar dos 87 kg para os 77kg nestes dias. Mas sobre isso vai ser o próximo post.

Não sei se terá sido o melhor treino possível e gostava de saber a vossa opinião. Onde posso melhorar?

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

II Meeting Blogger

[Cyberrunners.JPG]
Foto surripiada ao Corridas & Patuscadas

Após a III Meia Maratona Sportzone tive o prazer de confraternizar com dezenas de bloggers que de manhã não gostam de ficar na caminha. A organização, a cargo do Miguel Paiva e do João Meixedo esteva ainda acima do patamar da Runporto, o que só pode ser considerado um elogio.
Para começar uma preparação ao pormenor sem esquecer o design de um logotipo e a devida promoção entre bloggers. Depois, o apoio na Expo, onde eu cheguei quase ao fechar do estaminé não tendo apanhado ninguém por essa hora. Quanto à corrida, tudo pronto à hora marcada e, para que sentissemos amor à camisola que defendiamos, nada melhor que a oferta da dita camisola. E sendo ela de polyester e devidamente adaptada às nossas exigências de corredores mais razões tinhamos para sentir amor por ela.
Depois da corrida, o retemperador banho no Well Domus (pena não ter sido no jacuzzi (mas não se pode pedir tudo) e, porque todos nos atrasamos (a culpa não foi da organização) a travessia do Douro não foi de barco mas de carro. Acabamos no Patilhão a comer um belo arroz de pato com queijinho por cima e a conversar até às 5 da tarde. Sobre quê? Treinos, corridas, treinos, corridas... Enfim, tiramos a barriga de misérias quanto a conversas sobre desporto. É que no dia-a-dia ninguém está para nos ouvir falar disso. A meio ainda tivemos tempo para conhecer o livro "Correr por Prazer - Já correu hoje?" do Vítor Dias que será uma excelente prenda de Natal.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

III Meia Maratona Sportzone



No último sábado fui à Meia Maratona Sportzone, uma prova muito especial por diversos motivos. Em primeiro lugar já não corria esta distância desde a Meia Maratona de Lisboa de 2006 quando me lesionei no joelho (a parte de cima da tíbia fendilhou por esforço). Em segundo lugar por ser a primeira Meia Maratona na minha cidade e a primeira prova que lá fazia este ano. Em terceiro lugar, não tendo usado GPS nos treinos não sabia qual seria o meu objectivo, tendo atirado 1h45m para o ar ao acaso (o meu record anterior era 1h59m, pelo que já seria uma grande diferença). Por fim, e o mais importante, porque iria participar no encontro de blogues defendendo as cores da equipa Cyberunners que se estreava nesta corrida.
O início ficou marcado pelo pouco espaço para aquecer, o Polar que não funcionava e o facto de eu ainda temer uma lesão (na semana anterior após 2 horas de treino começou a doer o mesmo joelho no mesmo sítio da fractura de esforço) estando um pouco com medo.
Parti cá para trás e demorei mais de um minuto a chegar à partida. De facto, a diferença entre o meu tempo total e o tempo líquido foi 01:19.
Como não sabia os objectivos dos meus colegas de equipa, optei por seguir os passos dos meus amigos Rui, Lino e Zé. Como no início não encontrei o Zé, comecei a correr com o Rui e o Lino, indo este último a marcar o ritmo. O seu tempo no ano passado foi à volta de 1h45m, pelo que seria uma boa referência.
O primeiro quilómetro foi muito lento, perto dos 6 minutos (incluindo o 1m19s até à partida) mas depois já havia estrada livre e começamos a acelerar. O Lino ia na frente, depois o Rui e eu vinha na retaguarda. Estávamos espaçados por 10/15 metros. Esses primeiros quilómetros iam sendo feitos a um ritmo de 4:45, e sentia-me muito bem e até capaz de dar mais.
Logo após a Ponte D. Luiz o Lino começou a afastar-se do Rui, que ia ficando para trás. Como me sentia melhor, ultrapassei ao Rui e encostei-me ao Lino. Seguimos juntos até ao retorno na Afurada e comecei a marcar um ritmo mais competitivo na zona dos 4:30. Durante esse tempo fomos quase sempre a ultrapasssar atletas.
Como o vento passou a estar de frente, passei a ir de grupo em grupo. Alcançava um grupo, abrigava-me do vento, chegava à frente e acelerava para colar a outro grupo. E fui-me distanciando do Lino que acabou por ficar para trás perto da Ponte da Arrábida.
O pior veio depois, junto ao Cais de Gaia, na parte emparalelo comecei a sentir as temíveis dores do joelho esquerdo e pensei que aquilo poderia acabar com a minha prova. Quando cheguei à Ponte D. Luiz as dores já eram bastante fortes, e o ritmo era inferior (mas não muito). Felizmente com a Ponte chegou também outro piso e à medida que caminhava no Porto as dores iam passando (De facto nunca me habituei a terras Marroquinas).
Foi já a caminho do Freixo que vi que o Zé tinha acabado de me ultrapassar estando agora uns 20 metros à minha frente. Nessa altura já estava sem dores e juntamente com um atleta do Vitória voltei a encostar no Zé e começamos a fazer a prova em conjunto. Íamos num bom ritmo e após o retorno estávamos a favor do vento e a pouco mais de meia dúzia de quilómetros da meta. Estávamos a apontar para um bom tempo.
O principal incidente aconteceu quando voltámos a passar na meta e eu peguei numa garrafa de água. Na altura estava na minha vez de marcar o ritmo e o tempo que tive com a garrafa na boca para dar uns golos foi-me fatal. Instantaneamente deu-me uma dor muito forte junto ao fígado (a famosa dor de burro). Quase tive que parar e o quilómetro e meio seguinte foi feito a cambalear. Lá se foi embora o Zé e o corredor do Vitória e percebi que aquilo voltaria ao sítio mas tinha que abrandar um pouco.
Assim foi, quando me aproximo novamente da Ponte do Infante saltei do burro e comecei a correr. Nessa altura o ritmo era um pouco mais lento (5:00 minutos por quilómetro) mas pelas minhas contas ia fazer bem perto da 1:40:00. Pelo meio ainda alcancei o Rui Pena que não estava nos seus dias mas que na próxima Maratona do Porto deve voltar em grande.
No final o relógio marcava 01:40:57 e o tempo liquido era 01:39:38. O meu ritmo médio por quilómetro foi de 04:47, bastante bom para as expectativas. O meu lugar foi 632º em 1451, bem dentro da primeira metade, algo que já não acontecia há muito tempo.
Acabei por perder 1m35s para o Zé, após aquela fatídica dor. Mais uma vez ele esteve regularíssimo. O Rui também fez uma excelente prova tendo feito uma corrida de trás para a frente e chegado pouco depois de mim com 01:41:43. O Lino que até hoje ficara sempre à minha frente levou quase 10 minutos e agora vou poder chateá-lo para o resto da vida com esta diferença.
Quanto aos fantásticos Cyberunners, neste tipo de provas o importante é participar... Tretas! Todos sabemos que temos objectivos e houve de facto óptimos tempos:

Pos. GeralPos. EscalãoNomeIliquidoLiquido
7310LUIS MOTA1:17:291:17:15
7537PAULO MARTINS1:17:421:17:34
20578MARK VELHOTE1:26:341:26:16
43870MIGUEL PAIVA1:35:441:34:43
44082JOAO FERREIRA1:35:441:34:43
478144DANIEL PINTO1:36:541:36:35
57013OTILIA LEAL1:39:311:38:37
58394ANTONIO ALMEIDA1:39:501:39:13
59215SUSANA ADELINO1:40:051:39:46
62165FERNANDO ANDRADE1:40:451:39:45
632178LUIS TORRES1:40:571:39:38
698131VITOR DIAS1:42:481:41:47
699132JOAO MEIXEDO1:42:481:41:47
95531JOAQUIM ADELINO1:51:141:50:55
1062194JOSE BRITO1:54:241:53:28
1104173LUIS MOUTINHO1:55:511:55:34
120762VITOR FERNANDES2:01:011:59:55
139444SUSAN MOTA2:18:212:17:24


























Mas sobre eles vou falar no próximo capítulo (relativo ao excelente almoço).

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

I Triatlo de Coimbra


Um pouco atrasado, aqui vou eu falar do triatlo de Coimbra, realizado no último dia 4 de Outubro. Era a primeira prova que participava após o Triatlo de Raiva ainda em Agosto.
Muito mudou em 2 meses. Em primeiro lugar mudou a estação, do ano deixou de ser Verão e passou a ser Outono. Bem, isto teoricamente, porque o termómetro do carro marcava já 29ºC antes da prova começar, o que é típico de um Outono... pós-aquecimento global. Depois, porque treinei muitas semanas durante estes dois meses. Muitas horas de treino e treinos de muitas horas. Graças a isso e não só, se em Raiva eu andava nos 85/86 kg, em Coimbra já estava nos 77/78 e isso já é uma grande diferença. Mas sobre o treino falarei mais tarde, agora é tempo de descrever a prova.
A última grande alteração estava no vestuário. Não sabendo eu que a água do Mondego estaria a 22ºC, decidi investir na semana anterior num fato isotérmico e esta era a minha estreia sem qualquer treino de adaptação ao dito cujo.



Por isso, esperava melhorar na natação, mas sabia que era a parte em que estaria mais limitado. Voltei a jogar à defesa mas apostando sempre em lances de contra-ataque. Infelizmente não nos disponibilizaram os resultados de cada sector, pelo que a contagem que fiz foi mais ou menos a olho. Quando cheguei à transição estava nos 19 minutos, ou seja, tirei cerca de um minuto ao que fiz em Raiva. Não foi um bom tempo, confesso que estava à espera de mais, até pelo fato. Também, pouco nadei durante estes dois meses e não podia esperar milagres.


Passei para a bicicleta e comecei a ganhar lugares logo à saída. Por fim, fiquei num grupo de três na primeira das 2 voltas. Era um grupo de 3 mas só dois é que puxávamos. O meu colega de puxou mais que eu, confesso, e por vezes sentia algumas dificuldades em seguir-lhe a roda. Foi com alguma surpresa que mesmo no final da primeira volta verifiquei que ficaram muito atrasados junto à ponte, quando eu estava a puxar (talvez algum engano no percurso, ou o elemento mais fraco perdeu a roda e o outro distraiu-se). Sozinho as coisas estavam mais difíceis mas acabei por ser alcançado pelo elemento mais forte do grupo. Voltamos a fazer trabalho em conjunto (ele mais que eu) e a recuperar lugares (bastante menos que na primeira volta) até que a meio da volta final perdi a roda dele. Ganhei, apesar disso ganhei mais dois ou 3 lugares e penso ter acabado o sector aos 58 minutos, tendo feito uma média acima dos 30 km/h



A corrida correu-me melhor que o costume. Ganhei uns 2 ou 3 lugares e senti-me bem, embora já algo fatigado. O percurso era fácil sendo a parte mais difícil aquela em que passávamos junto a um encontro de antigos frequentadores do canil municipal. Da maneira como vi um cão a atacar o outro percebi bem que poderia ter que fazer um sprint até ao outro lado do Rio Mondego. O meu tempo neste sector terá sido à volta dos 22 minutos o que também é um bom registo (abaixo dos 5 min/km que era o objectivo)



Após 1:21:33 lá cheguei à meta. Tinha como objectivo fazer abaixo da 1h30 e isso estava garantido, embora durante a prova tenha acreditado baixar da 1h20, mas isso fica para a próxima. Em princípio terei feito, por sector 19+38+22 com cerca de 2 minutos nas transições. Ou seja, a natação foi um pouco acima do esperado e a corrida e a bicicleta um pouco abaixo do esperado. O que mais deixou a desejar foi o lugar, 68º em 81 na classificação masculina absoluta (também não houve classificação conjunta). Devo ter saído da natação quase no fim e perdido algum tempo na primeira transição (a estreia do fato limitou-me a velocidade de mudança de sector), depois recuperei lugares mas nem tantos quanto esperava. A natação vai ter que ser melhorada.Por fim, uma análise à prova. O percurso deste triatlo foi o melhor de todos os que participei este ano. Todos os percursos eram próximos, um único parque de transição e toda a prova junto ao rio, o que era bastante atractivo para os espectadores. Por outro lado também era bastante agradável para os triatletas, apenas duas voltas no ciclismo e duas voltas na corrida, tudo plano com pequenas subidas de bicicleta,a utilização de uma fantástica área verde dos dois lados do rio e de uma bonita ponte pedonal.
No entanto, apesar de ser um percurso apelativo, o público quase ignorou a prova. Ao contrário do que aconteceu em todos os Duatlos e Triatlos que participei, poucos aplausos ouvi e pareciam só estar presentes os familiares dos atletas. Muitas pessoas passeavam pelo jardim como fazem todos os domingos de manhã sem se interessarem pela prova.
O maior ruído vinha da campanha autárquica do independente Pina Prata. Um hino cantado por Toy e uma animação constante por um organista. Parecia ser um organista como há muitos por aí, que cantava versões de músicas conhecidas onde encaixava perfeitamente o nome Pina Prata algures na lírica. Aliás, o slogan Agora Sim encaixava perfeitamente no Movimento Perpétuo Associativo dos Deolinda.
Só mais tarde vim a saber que este organista não só era cego como só tinha um braço, o que torna o exercício bem mais difícil.


Tudo teria um final feliz mas não... Pina Prata nem foi eleito Vereador, quanto mais presidente...

sábado, 3 de outubro de 2009

Triatlo de Coimbra

Amanhã estarei presente no I Triatlo de Coimbra finalizando a época de triatlo.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Subida à Torre 2009














Na última semana desloquei-me à Serra da Estrela para uma subida à Torre pelo lado da Covilhã. O desafio era grande. A única vez que lá fui, ataquei demasiado cedo tive grandes dificuldades em subir e acabei por não ter pernas para as desmultiplicações da bicicleta de corrida, tendo que trocá-la por uma de montanha. Demorei 3 horas e cheguei à Torre quando já era noite. Aqui está o vídeo desta pequena aventura:



Desta vez já ia prevenido e fiz o trabalho de casa no mapmytri:



Efectuei um pequeno estudo sobre as zonas criticas da subida que disponibilizo no Google Docs. A subida é constituída por uma fase inicial pouco inclinada (4,9%) durante 4 km ainda dentro da Covilhã, seguindo-se a fase mais dura desde o empedrado junto à Câmara Municipal até pouco depois do Sanatório (7 km a 8,5% com a fase mais dura entre os 9,5km e os 10km). Depois há possibilidade de recuperar durante 2,5 km seguindo-se uma zona mais complicada mas curta (1 km a 8,1%), ao chegar às Penhas da Saúde. Posteriormente há uma zona de clara recuperação chegando-se mesmo a descer após o Centro de Limpeza de Neve. A última fase dura surge entre o km 20 e o km 23, com 3 km a 8,1%. A fase final parece que demora uma eternidade mas são apenas 1,3 km com quase 5% de inclinação.
Passando agora à descrição da minha subida, comecei a andar em Belmonte e rolei durante cerca de 20 km até à Covilhã. Aí, deitei o tempo do relógio abaixo e coloquei o altimetro do conta-quilómetros a marcar 400m. Faltavam cerca de 1600m.
Tinha grandes dúvidas se conseguiria numa bicicleta de corrida conseguiria chegar lá acima, mas já tinha perdido 7 kg desde o meu peso máximo e tinha batido os recordes na Sra. da Graça e Sra. da Assunção, o que me dava uma grande confiança.
Tinha decorado praticamente toda a análise que fiz ali em cima e durante os primeiros 4km não me entusiasmei demasiado e mantive a frequência cardíaca entre os 80% e os 85%. Quando cheguei ao paralelo sabia que começava ali a zona mais difícil, metendo na cabeça que se passaria aquela parte chegaria certamente ao fim. Fui controlando a subida pela altimetria e ganhando moral à medida que subia. Depois de sair da cidade existem alguns patamares que me permitiram recuperar forças e olhar de frente para a zona que vai da Varanda dos Carqueijais ao Sanatório. Sabia que faltava pouco e consegui superar esta fase sem as dificuldades que pensava que iria sentir.
















A partir do Sanatório tinha piso novo e aproveitei para recuperar antes da subida para as Penhas da Saúde. Foi uma recuperação com um bom ritmo, já que me sentia bem e depois da fase mais dura passei a ter total confiança e a saber que chegaria ao fim.
Na subida para as Penhas da Saúde senti algumas dores musculares e a necessidade de desmultiplicações menores. De qualquer forma a confiança sobrepôs-se às dores nas pernas e pouco tempo depois a inclinação diminuía drasticamente.














Era uma redução tão drástica que se começava a descer e confesso que apesar de saber bem por momentos, reajo muito mal aos reinícios de subida e as minhas pernas pareciam pernas quando comecei a subir de novo. Ainda por cima olhava para cima e via nevoeiro e vento por todo o lado.
Esta zona era bastante mais ventosa e naquele dia existiam rajadas relativamente fortes (30 km/h segundo o boletim). Demorei cerca de 500m a recuperar o meu ritmo e seguia-se a última zona inclinada incluindo a passagem pelo famoso túnel.














O reaquecimento já estava feito quando cheguei a essa parte e embora com algumas dores musculares superei com relativa facilidade a recta do túnel, mas o pior viria depois. Mal passo essa face da montanha esperava-me uma ventania desgraçada, nevoeiro e frio.
A última fase, já depois do km 22 que aparentava ser mais fácil devido à inclinação acabou por ser bem mais difícil devido às condições atmosféricas e ao piso, que estava em obras. Quase não via nada à minha frente, apenas os famosos ferros às riscas amarelas e pretas. Por fim, a rotunda com a viragem para a torre e aquela recta que nunca mais acaba com vento por todos os lados. Quando cheguei ao cimo tinham passado 2:25:56 desde que comecei a subir à entrada na Covilhã. O objectivo tinha sido cumprido e com menos dificuldade do que esperava.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

sábado, 8 de agosto de 2009

V Triatlo de Raiva




















15 dias depois da minha estreia no Triatlo Sprint, surge uma nova prova, desta vez bem mais perto de casa. Totalmente no concelho de Castelo de Paiva, esta prova era bastante diferente da anterior. Em primeiro lugar, não existiam voltas, o percurso de natação consistia em contornar a Ilha dos Amores, no Douro, o percurso de ciclismo ligava a Praia do Castelo à freguesia de Raiva e o atletismo era um percurso de ida e volta ao longo da EN 222. A confiança era claramente superior, mais duas semanas de treino (embora a primeira fosse de descanso do mesociclo de 4 semanas), menos peso (85 kg) e um percurso que parecia à minha imagem: Ciclismo duro mas não no extremo de Penacova.
De referir a excelente organização do Movimento Raiva com Identidade. É um exemplo de como numa pequena freguesia afastada de todas as facilidades dos grandes centros urbanos se conseguem fazer milagres. Identidade é algo que não falta em Raiva.

Natação














Já mais ambientado à natação em águas livres e já sem medo de me afogar. Apenas restava o medo da salmonella. Como esta só me poderia prejudicar depois da prova ter acabado, havia que dar o melhor de mim engolindo água do Douro como se não houvesse amanhã. A natação é, de facto, o meu calcanhar de Mussambani: nunca andei na natação e aprendi a nadar imitando os nadadores do Jogos Olímpicos de 1992, desde Aleksander Popov a Paulo Trindade (O Alexandre Yokochi não imitei porque era do Benfica).
Quando me atirei para a água, tentei fazer uma corrida de trás para a frente, sabendo sempre que não iria ficar muita gente atrás de mim, mas se não ficasse em último já era bom. Acabei por fazer 00:21:28 (75º Lugar), deixando 9 nadadores para trás. Bem melhor do que há 15 dias, tirei 1:15 sem treinar especificamente este sector.


Ciclismo














O ciclismo é claramente o meu melhor sector e desta vez queria dar o máximo. As subidas tinham cerca de 5%, emagreci bastante e não havia medos, não tinha nada para poupar. Eram 3 subidas e 3 descidas, sendo a primeira e a terceira mais duras. Fui sempre a dar o máximo (acima dos 80% da Frequência Cardíaca Máxima) e a ultrapassar corredores atrás de corredores, o que me moralizava bastante. Fiz 00:52:03 (56º tempo parcial), tendo subido cerca de 10 lugares. Não fui ultrapassado por ninguém e apenas um corredor acabou por se colar a mim no final fazendo pior do que eu na natação. A explicação para isto é fácil: sou fraco na natação e mais forte no ciclismo, ultrapassando atletas que apontam para tempos claramente superiores.




Atletismo















No atletismo não sou tão forte. Ultrapassei alguns atletas,fui ultrapassado por outros e acabei por me manter mais ou menos no mesmo lugar. A última parte foi um pouco sofrida. Sapatilhas novas correndo sem meias resulta sempre numas simpáticas bolhas nos pés. De qualquer forma 00:21:28 em 4.200m não foi um mau tempo (cerca de 5min/km) tendo em conta algum cansaço acumulado. Foi o 63º tempo, portanto de acordo com o meu desempenho na globalidade do triatlo.















Acabei por ficar em 64º lugar com 01:35:00, o que corresponde uma redução de mais de 30 minutos do que tinha feito há 15 dias. Foi uma prova menos dura, mas o treino e, sobretudo, o esforço para perder peso permitiram esta clara melhoria. Fiquei a 00:26:53 do vencedor, o Paulo Adão Silva do Perosinho.

domingo, 26 de julho de 2009

XVII Triatlo de Penacova














O meu primeiro Triatlo na Distância Sprint (o segundo em termos gerais, contando com o Super-Sprint na Póvoa de Varzim) foi neste concelho do centro do País, bem próximo de Coimbra. Por sorte, no fim-de-semana passado fui fazer uma descida do Mondego em Kayak que partia precisamente de Penacova. Pude na altura constatar a dureza do percurso mas na altura o que mais me assustou foi a corrente do rio. Em algumas zonas da descida de Kayak era bastante forte e por muito que nadasse não saía do sítio. O principal medo era, por isso, a natação, já que por muito que tentasse não conseguia superar os 1:52:72 em 100m de Eric Mussambani nos Jogos de Sidney 2000.




Após ler alguns blogues percebi que era a prova mais difícil e talvez não a ideal para começar. Mas a inscrição estava feita e não iria desistir sem começar. No próprio dia, quando fui pousar as sapatilhas no parque da segunda transição vi a dureza da primeira subida de bicicleta e ainda me assustei mais.















Portanto, no início da natação só tinha na cabeça a possibilidade de nadar sem sair do sítio por causa da corrente, o Eric Mussambani e a primeira subida de bicicleta. Se tinha apenas essas três coisas na cabeça, no estômago ainda tinha restos da lasagna que comi ao almoço (muito inteligente de facto) o que me dava uma bela possibilidade de adicionar uma paragem de digestão.
Por outro lado, tinha apoio de peso. Tanto a Leonor como os meus pais estavam lá para me apoiar, e acho que ainda tinham mais medo que eu me afogasse do que eu próprio.

Natação














A natação foi feita, portanto, à defesa. Deixei ir os maluquinhos todos, meti o meu ritmo e reparei que só tinha um triatleta atrás de mim. Acelerei um pouco e apanhei um nadador que nadava bruços tão depressa como eu crawl e que seria uma bela companhia para a viagem. Juntos acabamos por ultrapassar um e saímos da água com dois para trás. Ao fim dos 750m de natação estava 128º com 00:22:43.

Ciclismo














Como se pode ver pelo percurso no mapmytri, cada volta no ciclismo estava dividida em 2 agradáveis subidas com um patamar pelo meio junto à posterior transição para o atletismo. Analisando os dados em CSV existia mesmo uma rampa que se aproximava muito dos 20% mesmo no final da subida. Ainda a consegui subir na primeira volta quando grande parte dos participantes levavam a bicicleta à mão (sem perder quase tempo nenhum para mim), mas nas voltas seguintes também a levei à mão. Não consegui ganhar o tempo que esperava no ciclismo, a dureza não beneficiou e no final, por entre desistências dos que ultrapassei, ultrapassagens dos corredores que estavam por trás de mim e um engano na entrada para o parque de transição (ou uma tentativa minha de fazer o percurso da corrida de bicicleta) que me fez perder 2 lugares, terminei o segmento de ciclismo no último lugar. Apesar disso, o meu tempo parcial não foi o último, mas não andou longe (125º com 1:13:09 em 20km).





Atletismo















Nunca andei pela frente de provas tirando a Corrida da Asprela, mas o último lugar era uma novidade desde os tempos dos juniores do ciclismo. Agora o meu objectivo não era somente acabar o triatlo mas também recuperar e não acabar em último. Desta vez, e apesar da dureza do atletismo, tive que dar o máximo. Acabei por ultrapassar 4 atletas, entre os quais o meu Eric Mussambani da natação que também se mantinha pelos últimos lugares. Cheguei ao fim dos 5km de atletismo em 00:29:33 o que era o 117º tempo parcial.



Come se pode ver na classificação geral, acabei a prova em 02:05:35 a 58 minutos do vencedor Hugo Ventura. Atrás de mim apenas 4 triatletas sem contar com as desistências, ou seja, um 127º lugar para pensar no futuro.
Não foi uma boa prova mesmo com a desculpa de ser dura e ser a primeira. Consegui em Junho e Julho treinar com algum método e recuperar o tempo perdido. Na verdade, engordei bastante enquanto fiz a minha tese de mestrado até Fevereiro. Nos últimos anos o meu peso subiu sempre e chegou mesmo aos 90kg em alguns dias. A redução de peso será algo fundamental para obter melhores resultados em provas com subidas como esta. Esse será um passo fundamental nos próximos tempos, até porque vem aí uma série de subidas de bicicleta às principais montanhas do país.

sábado, 25 de julho de 2009

Alteração de objectivos

Como quando vou trabalhar de bicicleta na realidade estou a treinar, a fazer de desporto. Este blogue não só será sobre a mobilidade ciclável mas também sobre o meu percurso desportivo. Vamos então começar com o meu primeiro Triatlo Sprint, em Penacova.