terça-feira, 11 de maio de 2010

II Triatlo de Coimbra


No último domingo fui ao Triatlo de Coimbra. Este triatlo tem uma atmosfera fantástica, permitindo fotos como a que vemos em cima, tirada pela minha namorada, a Leonor, que fez uma excelente exibição neste desporto que é a fotografia [Já agora, ofereço um prémio ao primeiro que descobrir o Wally (Eu) na foto]. Para além disso ocorre num local que nos diz muito, o que me deu ainda maior prazer em fazer a prova. Com a meteorologia a ajudar, tudo estava perfeito, para uma prova que é cada vez mais a minha favorita.
Foi nesta prova que me estreei oficialmente pelo CFV, já que em Abrantes a inscrição ainda não estava finalizada. Participei também no Torneio Nacional Universitário pela Universidade do Porto, sendo que a nossa equipa era constituída por atletas do Fluvial Vilacondense e da Académica de São Mamede. Pelo meio pude também encontrar o Rui Pena, que se encontra a preparar mais um triatlo longo e o meu amigo Jorge Carneiro, que fazia os seu segundo triatlo... sem fato isotérmico.

Natação (750m)


Desta vez cheguei com tempo e pude fazer tudo nas calmas, controlar esquecimentos e aquecer convenientemente. No entanto, quando entro na água para aquecer, vejo logo que isso vai ser impossível, o mais provável era arrefecer e muito. A água estava gelada, a organização falava em 16ºC mas o mais provável era terem-se esquecido do sinal (-) antes do número. - 16ºC, devia ser essa a temperatura. Fiquei logo com dores de cabeça e a deixar de sentir mãos e os pés devido ao frio. Mas eu tinha fato isotérmico... e o Jorge? Demorou bastante mais a entrar na água, mas na partida lá estava ele e, imagine-se, nadou os 750m em 20 minutos sem fato isotérmico, o que atendendo à temperatura de -16ºC é um facto heróico. Eu acho que nem à primeira bóia chegava.
Quanto à minha prova, desta vez não tive tanta sorte como em Abrantes na parte inicial. Não levei porrada mas apareciam muitos nadadores à minha frente, muito desorientados e, no início, tive que contornar muito boa gente que teimava em nadar na perpendicular ao sentido do rio. Até à primeira bóia foi assim. Reparei também que os meus treinos de técnica de triatlo (com a cabeça bem levantada enquanto nado crol) resultaram . De vez em quando lá levantava a cabeça e continuava a nadar em direcção à bóia. Aconselho desde já todos os triatletas a fazerem isso, para que não haja tanta gente desorientada no início das provas.
Após a primeira bóia, dada a confusão, optei por deslocar-me mais para o exterior para evitar cotoveladas, mas acabei por contornar a segunda bóia muito por fora. A partir daí, o pelotão já estava muito mais esticado e pude concentrar-me muito mais na técnica e nadar com muito mais eficiência. Não fui mais rápido porque agora íamos contra a corrente, mas estava muito mais à vontade.
Na saída da água esperava-nos uma prancha, já que não tínhamos pé, o que originou uma quarta modalidade do triatlo: a Escalada. Mas mesmo com essa dificuldade adicional consegui chegar ao parque de transição 15:36 minutos após a partida, quase um minuto menos que no Ribatejo e um minuto a mais que em Abrantes, mas em Abrantes havia corrente sempre favorável e aqui não. Foi o 190º tempo em 259 participantes, o que significa que já há 69 piores que eu neste segmento.
Continuo a melhorar imenso na natação, e os 4 dias por semana a dar-lhe duro das 18h45 quase até às 21h estão a dar resultados. Entre Julho e Maio baixei dos 22 minutos (sem fato) para os 14/15 (com fato), mas sinto que ainda posso melhorar até ao final da época, sem conseguir definir quanto.




Melhorei também a transição, que terá sido feita em menos de dois minutos, depois do desastre em Abrantes. Tive novamente algumas tonturas na saída da água, mas tirei o fato com tempo e na bicicleta fui rápido a colocar o capacete e as botas. Também ainda poderá ser melhor mas para já estou satisfeito.

Ciclismo (23km +1)



Como tinha referido antes, o ciclismo deste ano era bastante mais complicado. O troço mais fácil pela Ponte Santa Clara tinha sido suprimido e o número de voltas tinha aumentado, bem como a própria distância. Pelo que medi eram 24km e não os 23km que a organização referia.



Comecei, como habitualmente, a ganhar lugares, saltando de corredor em corredor. Algum tempo depois fui apanhado por um grupo e segui na sua roda. E a um ritmo muito bom e ultrapassava muitos ciclistas rapidamente. Não conseguia puxar, tal a força de quem ia na frente, e acabei por me manter na cauda do grupo. Na subida mais puxada o elástico esticou... e partiu. Não estava bem colocado, perdi a roda e depois na descida já não havia hipótese de os apanhar.
No final da primeira volta estava como comecei, um pouco sozinho, ultrapassando alguns atletas fortes na natação mas mais fracos no ciclismo. Outra vez no mesmo sítio, surge um novo grupo e o filme repetiu-se. Exactamente igual. O mesmo erro de ficar na cauda, a subida, e lá iam eles na descida. Se em Abrantes usei a subida (mais dura, diga-se) para fazer a diferença, aqui a subida empurrou-me para baixo. Uma questão a rever.
Por fim, na terceira volta, outra vez um grupo vindo de trás. Mas desta vez já tinha aprendido (e os ciclistas não eram tão fortes). Coloquei-me bem, fui para a frente algumas vezes, e na subida fui eu a partir o grupo e a juntar-me a ciclistas que estavam mais à frente. Depois vinham a descida e o final do ciclismo.
O tempo nem foi mau de todo 45:33 incluindo pelo menos a primeira transição, o que significa uma média acima dos 30 km/h num percurso que não é propriamente plano. Não estou é habituado a ser passado no ciclismo, que também costuma a ser o melhor segmento. Fiz o 174º tempo em 263 participantes e isso não é propriamente brilhante para o habitual.
A transição correu muito bem, tive tempo para me descalçar ainda em cima da bicicleta e a passagem para o atletismo foi extremamente rápida.



Atletismo (5km - 0,66)


Quando saí do parque de transição olhei para o relógio ele marcava uma hora exacta, exactamente o mesmo tempo que marcava em Abrantes na mesma altura da prova. Desanimei um pouco, já que precisava de fazer os 5 km que faltavam em 21 minutos, o que não seria fácil. No entanto, estava reservada uma surpresa, o sector não tinha os 5km previstos mas algo como 4,36 km segundo as minhas medições.




Sem saber disso, comecei a acelerar, sentia-me bem e coloquei um ritmo que sabia estar próximo dos 4min/km. Aqui residiu uma grande diferença relativamente à prova anterior. Em lugar das dores musculares estava fresco e com muita força. Na última volta percebi que o record estava facilmente ao alcance. Mantive o ritmo até ao final e acabei este segmento em 18:00. Mesmo não tendo percorrido 5 km, acaba por ser uma média abaixo dos 4:10 min/km, o que é um excelente tempo para mim.
Foi claramente o meu melhor segmento, tendo feito o 149º tempo.

Resultado final




Acabei por fazer 1:19:10, bem abaixo do tempo do ano anterior (que também era o record anterior) 1:21:33. Foi claramente uma prestação superior, até porque a grande maioria das pessoas aumentou os seus tempos em 2 ou 3 minutos, devido à maior dificuldade e distância no troço de bicicleta.
Fiquei em 174º entre 278 atletas à partida (259 que terminaram) o que é um resultado muito próximo do de Abrantes (um pouco acima dos 2/3 da classificação).
Também foi o primeiro objectivo atingido da época: Bater o meu record de Triatlo Sprint.
A cereja no topo do bolo foi a subida ao pódio com a vitória da U. Porto no Torneio Nacional Universitário.

Fica ainda o desejo de continuar a melhorar, com muitos treinos pelo meio. E na segunda-feira seguinte lá estava eu a nadar outra vez na piscina.
Cada vez gosto mais de triatlo. Acho que alguém que gosta de praticar desporto e que consiga nadar 750 metros só pode ficar viciado nisto. Só tenho pena de ter descoberto o triatlo aos 27 anos, andei a perder tempo escusadamente. Desafio todos os meus leitores a experimentarem uma vez, que decerto não será a única.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

II Triatlo de Coimbra

No próximo Domingo, regresso a Coimbra, onde fiz o meu melhor tempo em triatlo. Estou em muito melhor forma que na altura, a nadar e a correr bem melhor e a andar de bicicleta q.b. Preparei também esta prova para ser uma das prioridades da época e vou participar ao mesmo tempo na Taça de Portugal e no Torneio Nacional Universitário.
No entanto, a possibilidade de um novo record não é uma certeza, e por duas razões.
Em primeiro lugar o percurso é ligeiramente diferente: a parte mais plana da bicicleta foi suprimida e faz-se mais uma volta, ou seja, as partes mais complicadas repetem-se mais uma vez.
Em segundo lugar, as previsões meteorológicas não são grande coisa e o vento e a chuva podem voltar, condicionando velocidades de circulação em bicicleta.
Duvido que volte a fazer 14 minutos na natação, já que não vamos ser tão protegidos pela corrente como em Abrantes, mas devo fazer melhor nos outros sectores. Espero também ir subindo na classificação (melhor que os 2/3). Vamos lá ver como corre.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

III Triatlo de Abrantes

th_ABRANTES_001 (10)

Antes de mais importa dizer que este Triatlo não era uma prioridade. O meu treino durante a semana foi durinho (incluindo séries na sexta-feira) e no próprio dia sentia um pouco o cansaço.
Após uma viagem um pouco atribulada (mais uma), com mais dois colegas do CFV, lá estávamos nós dentro da água (gelada) prontos para mais um triatlo.

Natação (750 metros)



Foto Gonçalo Pitarma Blog

O tiro, perdão, a corneta da partida soou e eu, que uma vez mais me resguardei, parto de trás para a frente.
Comecei no meio da confusão, e embora não fazendo a respiração a 3 braçadas, o medo de me afogar não existia e, inclusivamente ia passando alguns nadadores. Estava, de facto, no meio do pelotão, não levei nem dei porrada (tirando na passagem pelas boias, onde muita gente se acumulava num curto espaço).
O percurso favorecia tempos record. Quase metade era a favor da corrente, e o restante era na perpendicular. Quando saio da água, olho para o relógio e ainda está nos 14 minutos. Fantástico!
Acabei por fazer 0:14:38, para ser exacto e tinha deixado mais de 60 nadadores para trás, algo impensável há meia dúzia de meses.

Ciclismo (20 km)

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A transição para o ciclismo é que não correu tão bem. Demorei demasiado no parque e saí quando o meu relógio marcava 17 minutos. É uma situação que tenho que rever rapidamente.
Em cima da bicicleta senti-me muito à vontade. É certo que agora já existem atletas que me passam, mas continuei a fazer uma corrida de trás para a frente. Ia saltando de grupo em grupo, gerindo o esforço entre uns e outros e, volta e meia, encontrava bons parceiros para dividir o esforço.
Só que não se tratava de um percurso plano, tinha uma subida (não muito longa, diga-se) que deveria andar acima dos 6% e que partia os grupos volta após volta. Tendo em conta que eram três voltas, pode-se dizer que neste triatlo o ciclismo era durinho, mas não exagerado.
Acabei, no entanto, para fazer um tempo demasiado alto e para bater o record de Coimbra teria que fazer a corrida em 20 minutos. Os 46:06 que fiz deveram-se sobretudo à subida, que me impediu de fazer uma média acima de 30 km/h. De qualquer forma era o 149º tempo e permitiu que eu subisse bastantes lugares.

Corrida (5 km)
O último segmento era praticamente plano. Tentei dar o máximo mas já sentia algum cansaço, talvez devido à intensidade de treino durante a semana. Ganhei alguns lugares mas também fui ultrapassado por atletas que estavam bem rápidos. Percebi rapidamente que não ia bater o record, mas fui dando o máximo para fazer um bom tempo. Foram 22:13, nada de extraordinário mas aceitável, acabando por ser o melhor segmento em termos de classificação geral (147º).

Resultado Final
Acabei por não bater o record. O ciclismo neste triatlo era bem mais difícil que em Coimbra, e isto serve de explicação. Comparei o meu tempo com alguns atletas que fizeram um tempo semelhante em Coimbra e dei-lhes cerca de 4 minutos.
Desta vez não senti cãibras mas tinha dores musculares devido ao treino intenso. Ficam, no entanto, boas sensações para o próximo Triatlo em Coimbra. Fiquei em 160º com 1:22:54 entre 243 que acabaram (a 2/3 do topo da tabela). A natação ainda é o pior segmento, mas vem melhorando. Apesar disso subi 24 lugares no ciclismo e no atletismo.